sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Zaanse Schans, Sex Museum, Anne Frank, Greenhouse Coffee Shop

No meu último dia inteiro na Holanda, percebi que já tinha praticamente visitado tudo o que me interessava em Amsterdã. Daí me lembrei que existem outras coisas famosas na Holanda além de drogas e sexo liberados. Como era inverno, eu não poderia visitar um campo de tulipas, mas poderia visitar os famosos moinhos de vento. Peguei informações na recepção do albergue e rumei para a estação de trem. Em vinte minutos já estava num lugar chamado Zaanse Schans. Mais cinco minutos a pé, e você dá de cara com um dos moinhos. Atravessei uma ponte suspensa e passei por um charmoso vilarejo cheio de canais congelados. Os moinhos estão dispostos ao longo da margem do rio, e existem pequenos diques que impedem que a água invada os campos. Para a minha surpresa, todos os moinhos ainda funcionam e são utilizados até hoje para produção de óleos retirados de sementes. Entrei no último deles, De Bonte Hen, por módicos 3 euros. Pude conhecer o funcionamento do moinho, e subi até no alto. Como as terras são baixas e planas, é possível enxergar bem ao fundo de uma floresta. O responsável do moinho, praticamente um guia pessoal, me explicou que a região chegou a ter mais de 1000 moinhos, mas que hoje só existem cerca de 6. Os moinhos são mantidos através da entrada cobrada dos turistas e de uma sociedade fundada para a proteção dos próprios. O guia ainda me contou algumas histórias sobre a região. Na época de auge dos moinhos, o governo não poderia cobrar impostos, já que os moinhos eram de propriedade privada. O governo então decidiu então que o vento era do Estado, e portanto poderia cobrar pelo uso do vento (não sei como não inventaram isso aqui no Brasil ainda). Uma outra curiosidade é o telhado os moinhos, feito de um tipo de junco que nasce nas margens do rio. Um feixe de juntos é disposto de maneira a deixar a água escorrer por dentro das fibras, funcionando como canaletas que impedem que o telhado enxarque.
Voltando para Amsterdã, aproveitei para visitar mais alguns lugares. Além dos dois casais de irmãos, havia um inglês no nosso quarto e combinei de irmos a um coffee shop à noite. Tinha o dia inteiro então para passear. Fui ao Sex Museum, um fiasco, não vale nem comentário. Em seguida, passei em frente à casa de Anne Frank, uma menina que viveu escondida do nazismo em um anexo à sua casa, até ser capturada e enviada para um campo de concentração. Como já havia visitado a galeria do Holocausto no Museu Imperial da Guerra em Londres, preferi não visitar a casa. 
Mais à noite, encontrei-me com o inglês na Muntplein. Perguntamos em uma loja sobre referências de um bom coffee shop nas redondezas. Fomos a um chamado Greenhouse (sugestivo, não?). Como um bom e típico inglês, ele pediu um chá (inglês) com leite. Comecei tomando um capuccino para tomar coragem para experimentar algum dos "quitutes". Pedi um space cake e ficamos conversando até tarde. Na volta pro albergue é que o space cake começou a dar efeito. O que eu posso dizer sobre os efeitos? A vantagem é que você não precisa se intoxicar de fumaça. Em relação aos efeitos, a sensação é de tudo na sua cabeça funciona mais devagar. Voltei conversando com o inglês e percebi que falava mais devagar que o normal. Fora isso, um formigamento, talvez por causa do frio. Chegando ao albergue, aproveitamos o fim do happy hour e terminamos a noite com duas Heinekens. Custei a dormir de noite, a cabeça não parava de girar :-)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Museu Van Gogh, Ultimate Pub Crawl

No segundo dia em Amsterdã, recebi um presente antes que pudesse me despedir da Europa. Havia nevado durante a noite e no outro dia estava tudo branquinho. Era minha última oportunidade de ver neve por um bom tempo. Logo cedo, combinei de visitar o Museu Van Gogh com dois casais de irmãos - dois chilenos, Katiana e Claudio, e dois belgas, Barbara e Julien.

Como o albergue ficava muito longe do Museu, fomos caminhando ao longo do canal e brincando com a neve. Todos os quatro foram muito amistosos e ficamos conversando durante a caminhada, principalmente Barbara. Passamos pela antiga fábrica da Heineken, que aliás possui um tour pago. Acabei não indo lá depois.
Chegando ao museu, enfrentamos uma pequena fila. De forma geral, a visita ao museu foi ótima. As exposições foram montadas de forma cronológica, o que permite perceber o desenvolvimento de Van Gogh mesmo para leigos como eu. Existem, contudo, com dois poréns. É proibido tirar fotos, ou seja, não poderei mostrar nada do que vi. Segundo, por maior que fosse o acervo do museu, algumas das obras mais famosas não estavam lá, como A Noite Estrelada, que conforme vocês podem ver no link, está em Nova Iorque. O auto-retrato com a orelha cortada, depois fui descobrir, está em Londres. Mas tive a oportunidade de ver os famosos girassóis, o que compensou todo o resto.

Depois do museu, os quatro tinha que ir para a Estação Central, já que eles passariam apenas um final de semana em Amsterdã. Como o passeio com eles estava muito bom e eu não tinha nada pra fazer, perguntei se podia acompanhá-los até a Estação. Comemos alguma coisa antes de eles partirem, e peguei os e-mails para contato.
De noite, estava disposto a participar do Ultimate Pub Crawl. Embora o nome seja um tanto pomposo, de fato foi o maior dos pub crawls que havia participado até então. Diferente do de Londres e do de Edimburgo, o Ultimate Pub Crawl reuniu mais de 150 pessoas. Os organizadores tiveram que dividir em grupos menores, porque não cabia tanta gente nos pubs. A maioria eram estudantes da Inglaterra em uma excursão. O tour começou na Leidseplein, onde fica o coffee shop mais antigo da cidade, o Bulldog.

Queria fechar a viagem com chave de ouro. Não deu outra. Mais uma noitada inesquecível :-)
Depois das três horas, ainda fiquei perdido um tempo procurando a rua certa do albergue.

Última parada: Amsterdã

Meus caros,
chegamos à parte final dessa longa jornada ao longo das terras européias. Depois de tanto tempo fora do Brasil, estava começando a sentir o que os ingleses chamam de homesick - saudade de casa. Aliás, mais do que saudade propriamente de casa, eu sentia falta mesmo da comida, e claro, dos amigos e da família. Mas havia ainda a Holanda pra visitar.

Amsterdã tem um ar um pouco diferente dos outros lugares onde estive. É como se fosse um lugar com características próprias, um je ne sais quoi que eu não consegui definir até agora. Acho que o excesso de liberdade e a falta de um policiamento ostensivo como temos no Brasil fez com que eu me sentisse assim.
Cheguei em Amsterdã vindo de Bruxelas, já que não havia linha direta de Bruges. Estava frio, mas nada desconfortável. A primeira impressão que tive ao sair da Estação Central foi dos canais. Em Bruges também havia canais, mas nada como aqui. A cidade é literalmente construída ao redor dos canais, então a parte antiga da cidade, na região mais central, possui muitas ruas circulares. Fui direto para o albergue fazer check-in para começar a passear. Para a minha surpresa, o albergue ficava em um bairro chamado Zeeburg, um pouco afastado do centro. Mas nada que me desanimasse a andar um pouco mais
Não tinha planejado nada especial, portanto peguei um mapa no albergue e fui andando. O problema é que estava chovendo e o frio é pior do que o de neve. A sua roupa molha e depois congela. Segui um dos canais até o centro da cidade. Estava perdido com tantos nomes estranhos de ruas. E para piorar, as ruas dos dois lados de cada canal tem o mesmo nome, como se o canal dividisse a rua. Parei em uma feira na Muiderstraat para comer alguma coisa quente. Acabei encontrando - pasmem - dois brasileiros lanchando no mesmo trailer.
Depois de encher a barriga de batata frita, segui rumo ao centro. Uma coisa ruim de se viajar na baixa temporada, não sei se já comentei isso, é que a cidade não está pronta pra receber turistas. Em vários lugares por onde passei, havia vários andaimes, ruas interditadas e fontes desligadas. Em Amsterdã, a fachada inteira do Palácio Real na praça Dam estava coberta de andaime. Um pouco decepcionante. A única coisa descoberta eram as lojas e o Monumento Nacional, praticamente um pirulito como o da praça Sete em Belo Horizonte.

Seguindo a leste, dois canais depois, passei pela Chinatown e dei de cara com a parte mais curiosa da cidade. O De Wallen, como os holandeses chamam, é conhecido por nós como o famoso Distrito da Luz Vermelha. Para quem não está familiarizado, é onde ficam as garotas de programa se exibindo nas janelas dos prédios ao longo da rua. Lá também é onde ficam concentrados os sex shops, casas de strip e boa parte dos famosos coffee shops.

Fiquei mais um tempo rodando e me lembrei que estava beeeem longe do albergue. Já estava escuro e o jeito foi rumar pra lá, sem antes passar em um mercadinho pra abastecer.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Retomando de onde paramos

Olás!
Estou de volta ao Brasil. Aparentemente, este blog teve um relativo número de visitantes, ainda que estes tenham sido tímidos em relação aos comentários. Mesmo que o blog tenha perdido parte da sua função de mostrar que estava "vivo" lá fora, vou terminar de contar minhas aventuras, atendendo a pedidos. Agora que possuo mais tempo e mais recursos, pretendo também revisar e ampliar os antigos posts, corrigindo eventuais erros de digitação, colocando mais detalhes dos passeios e novas fotos.

Bom proveito a todos.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

In Bruges


Saindo de Bruxelas, tomei rumo a oeste, numa cidadezinha chamada Bruges. Mas qual o interesse numa cidade no interior sem grandes monumentos ou museus? Digamos que nem tudo é museu e igreja na Bélgica. Escolhi vir para cá por indicação. Bruges é uma cidade medieval, cercada por dois canais.
Nao restou muito das muralhas originais, apenas algumas fortificações nas pontes que ligam a parte antiga da cidade com os arredores. O meu interesse nessa cidade é a cerveja. Bruges é como uma Meca para os cervejeiros de plantão. Existem verdadeiras romarias de sedentos por um copo. Tanto é que a cidade, embora minúscula, recebe 3 milhões de turistas todo ano. Eu não sabia de uma coisa até chegar aqui. A cidade foi cenário de um filme, rodado em 2008 e que se chama "In Bruges". Em português, só fui descobrir depois de olhar na Internet, se chama "Na Mira do Chefe". Aparentemente isso fez com que mais turistas viessem a cidade no último ano. Outra especialidade da cidade são os deliciosos chocolates belgas. Existem casas especializadas (Chocolatiers) que vendem os mais requintados tipos. Mas uma dica, passada por um local. Não comprei esses chocolates, porque eles sao absurdamente caros e são muito enfeitados, feitos para os turistas. O verdadeiro chocolate belga pode ser adquirido nos supermercados por preços mais interessantes. De fato, o preco das chocolatiers assusta: algumas vendem na base de 50 euros por meio quilo.
Cheguei a cidade e foi facil descobrir o hostel. Andei 10 minutos a pé da estacao de trem. Andei pela cidade, tirei algumas fotos. A cidade é realmente pequena e é possivel percorrê-la facilmente a pé ou de bicicleta. Existem algumas igrejas e museus para visitação. O cartão postal de Bruges é o Markt, a praca principal. De noite, sai com os meus colegas de quarto para degustar algumas brejas. A variedade impressiona. Tomei uma normal, Stella Artois, e depois tentei uma local, Straffe Hendrik, que tem uma particularidade. Além de ser fermentada por uma bactéria que só existe aqui e por isso ser levemente azeda, ela possui um alto teor alcoólico - 9%. Isso foi o suficiente para fazer eu dormir como uma pedra.

Bruxelas - vale a pena?

Olá meu caros!
Pode parecer curioso o título deste post. Como assim se vale a pena visitar Bruxelas? A questão é a seguinte: ao contrário dos outros lugares por que passei, eu não pesquisei sobre pontos turísticos relevantes na Bélgica. Achei que seria legal passar por esse país a caminho de Amsterdã, talvez como uma forma de acrescentar mais um país no currículo. De fato, quando se chega em Bruxelas por Paris, as expectativas tendem a divergir da realidade. Até as famosas Velib, aquelas bicicletas de aluguel de Paris, eles copiaram. Mas nem por isso, passar um dia inteiro na cidade foi uma perda de tempo.

Terra natal do Tintin, dos Smurfs e da batata frita. Da batata frita? Sim. Ao contrário do que o nome French Fries indica, a batata frita de cada dia é uma criação belga. Tanto que em cada esquina se encontra uma Frituur - no Brasil nos temos lanchonete vendendo pastel em cada esquina, aqui é batata frita. Mas existem mais coisas interessantes sobre Bruxelas. A cidade, minúscula em relação a outras capitais européias, é a sede do Parlamento Europeu. Isso faz de Bruxelas, praticamente, a capital da Europa. Membros de toda a Europa vem para cá estudar projetos e participar de votações sobre as verbas e reinvindicacoes locais dos países-membros da União Européia. Como eu sei disso? Bom, embora tivessem museus por toda a cidade, resolvi fazer coisas diferentes. Achei que seria legal ir lá no tal Parlamento ver qual é a deles. Queria ter visitado a sede da Unesco em Paris, mas faltou tempo (ou melhor planejamento). Segui a pé por cerca de 25 minutos do meu albergue. Quando cheguei lá, descobri que existe um tour guiado pelo Parlamento às 3 pm. Como eram 2.15 pm, fiquei próximo a um grupo de turistas que também estavam esperando pela visita guiada e aproveitei para ir ao posto de informações do Parlamento. Lá existem mapas e cartilhas de graça. Daí fomos para o tal tour. Passamos por um esquema forte de segurançaa na entrada, mas restrito do que nos aeroportos por onde passei. Eles escaneam tudo, não passa nem moeda. Aí vem a questao do grau de quão interessante é o tour. Ficamos sentados por cerca de uma hora numa sala com uma funcionária contando sobre as funções do Parlamento. No final, veio o que interessava que era visitar a plenária e tirar algumas fotos. Se valeu a pena? Bom, se você se interessa por política, planeje seu passeio por Bruxelas para passar por lá. Se não, eu vou poupá-los de esperar uma hora postando aqui a foto.


Queria aproveitar para visitar outros locais na cidade, mas ja estava escurecendo. Peguei o mapa turistico e vi que nao tinha realmente tanta coisa que valesse a pena, exceto por algumas outras igrejas e museus. Antes de visitar o Parlamento, eu ja havia passado pelo Grote Markt,

o cartao postal de Bruxelas. Eh uma praca cercada por grandes construcoes, hoje usadas como museus. E antes do Grote Markt, ja havia passado pela Kathedraal van Sint-Michiel, pelo Parque de Bruxelas, pelo Palacio das Belas Artes, etc. O que restou entao foi cumprir a minha meta gastronomica. Passei em uma rua proximo ao Grote Markt

e me deparei com uma estatua que tambem eh famosa na cidade, o Manneken Pis. Eh a estatua de um menino fazendo xixi, mas que eh considerado o mascote da cidade. Tem um morador da cidade que cuida da estatua, colocando roupa, enfeitando a fonte, sem contar que o local eh vigiado por cameras. Aconteceu uma vez de a fonte parar de funcionar, e foi uma comocao na cidade. Souvenirs do Manneken nas rendondezas da fonte, claro, estao disponiveis de todas as formas em chocolate, balas, saca-rolhas, chaveiros, camisetas...


Na rua do Manneken comecei pelo famoso waffle belga. Dizem que o waffle tipico eh apenas a massa com acucar por cima. Mas nao resisti e comi um waffle quentinho com chantili e calda de chocolate por cima.


Ainda faltava a batata frita tipica e alguma cerveja. O mapa turistico indicava um das ultimas fritarias antigas da cidade. Eh um trailer desses de sanduiche, so que o senhor que trabalha la vendo todo tipo de frituras. Pedi uma porcao de Frites (como eles aqui chamam) e um Frikandel, que nada mais eh do que uma salsicha frita. De quebra, um molho de maionese, que eh o molho tipico belga para acompanhar as Frites. Se eh muito diferente da nossa batata? Mais ou menos. Na minha humilde opiniao, o que difere de uma batata pra outra eh se ela eh assada, cozida ou frita. Com certeza foi uma das melhores batatas de eu ja comi, mas eu fico imaginando onde entra a expectativa de comer algo surpreendente, a qualidade da materia-prima e o modo de preparo. De qualquer forma, eu recomendo uma porcao de Frites quando vierem a Bruxelas.

Estava muito frio e resolvi voltar para o hostel. A recepcao havia me alertado que como eu fiz o check-in muito cedo, teria que esperar para colocar minhas coisas no quarto a partir da 1 pm. Entao so a noite, depois das Frites, eh que fui pro quarto. La conheci mais um brasileiro de Recife e um escoces de Aberdeen (cidade ainda mais ao norte que Inverness).
Desci pra ver se aparecia alguma coisa pra fazer. So havia um grupo de americanos meio metidos jogando ping-pong e nao estavam querendo se misturar muito. Restou ir pro quarto e dormir.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Ultimo tango em Paris - Versailles, Chateau de Vincennes, Sacre-Coeur

Esse foi o meu ultimo dia em Paris, por assim dizer, porque o outro dia eu ja partiria cedo para Bruxelas. Para mim, existiam tres lugares essenciais para visitar nessa parte da viagem. O primeiro, o Louvre. O segundo, a Torre Eiffel. O ultimo eh o Palacio de Versailles.
Versailles eh diferente de qualquer coisa que eu ja vi. O Palacio foi concebido e construido no reinado de Luiz XIV para abrigar toda a familia real, e representa todo o poderio e pompa do Ancien Regime frances. 

Versailles na periferia de Paris, portanto eu nao poderia cumprir essa parte dos passeios a pe. E como ja tinha andado muito, comprei um bilhete do metro que da direito a utilizar o metro por um dia inteiro dentro da zona 4, onde Versailles se encontra. Para o meu espanto, numa terca-feira de baixa temporada havia uma verdadeira procissao para o Palacio. Eu nao tive problemas com multidao nem no Louvre num sabado, mas Versailles parecia uma romaria de Aparecida do Norte, com inumeros onibus e carros cheios de turistas. E foi tambem o passeio mais caro. Foram 15 Euros para entrar no Palacio, com direito ao audioguide. Achei um pouco caro, mas nao poderia voltar para tras apenas tendo visitado os jardins que ficam do lado de fora. Depois achei que o gasto vale a pena. O interior do palacio eh absurdamente luxuoso, e nas palavras do guia, nenhum canto teve menos de 10 reformas.
Tudo eh coberto de ouro e dos materiais mais finos, e cada pedaco das inumeras sala e corredores possui uma escultura ou uma pintura. Tive a oportunidade de ver as camaras onde dormiam a Maria Antonieta, a rainha que foi decaptada durante a Revolucao Francesa de 1789. Vi ainda o trono do rei, os aposentos da corte, o famoso Salao dos Espelhos e terminei o passeio com uma caminhada pelos jardins.


Ja era mais de uma hora da tarde e eu ainda tinha que visitar outras coisas no meu ultimo dia. Peguei o trem de volta de fui para o extremo leste de Paris. Cheguei ao Chateau de Vincennes, uma das outras residencias do rei alem de Versailles.


Depois de Vincennes, rumei ao norte para dar uma rapida olhada na Basilica de Saint-Denis. Depois, aproveitei que estava perto e passei em frente ao Stade de France, o estadio de futebol construido para a Copa de 1998.
Restava agora um ultimo lugar, o Sacre-Coeur. Apesar de estar uma rua acima da minha, deixei a visita por ultimo. O Sacre-Coeur e a parte naturalmente mais alta da cidade, ja que o Montparnasse e a Torre Eiffel sao construcoes humanas. A basilica foi construida no alto do morro de Montmartre e possui uma arquitetura Bizantina, bem diferente do estilo fino gotico de Notre Dame.


Voila! Essas foram as minhas aventuras no territorio frances. Depois vou contar como foi em Bruxelas.
Au revoir!

Tour Eiffel, Hotel des Invalides, Saint Sulpice, Centro Pompidou, Palais Garnier


Depois de tanta andança no fim-de-semana, eu ainda nao tinha visitado a tao falada Torre Eiffel. Acordei cedo e rumei para a torre pelo norte da cidade. Tive a graca de passar mais uma vez, como na Regent Street em Londres, de visitar mais uma loja da Ferrari, dessa vez com um bolido esportivo no centro da loja. Alias, coisa rarissima no Brasil, ja seria a terceira que eu vi assim, facil nas ruas. Vindo pelo norte, e passando pelo Arco do Triumfo, eh impossivel visitar a torre sem antes passar pelo Trocadero, uma praca com um jardim do outro lado. Ja do Trocadero eh possivel enxergar toda a imponencia da torre. Quando eu a vi, fiquei um pouco decepcionado. A neblina era tao intensa que nao se enxergava a ponta da torre.
Pensei 'nao vou gastar dinheiro so pra subir la e ver tudo nublado, amanha eh meu ultimo dia e espero pra ver se o tempo melhora. Mais uma decepcao: chegando debaixo da torre, descobri que mesmo com tempo bom, o terceiro andar estava fechado para manutencao. Resolvi entao subir ate o segundo andar e descobri que a torre eh pintada de sete em sete anos, e eu tive a 'sorte' de visitar nesse periodo. Como em Londres, quebrei a cara (lembrem-se de que em Londres o London Eye tambem estava em manutencao). Mesmo assim, foi uma aventura memoravel.

Peguei o ticket mais barato, em que voce tem que subir a torre pelas escadas. Eu pensei que ia ser moleza depois de tanto andar pelas ruas, mas uma coisa eh andar no chao, outra coisa eh voce, de repente, perceber que os onibus estao menores de a sua unha... confesso que tive um pouco de medo a medida de ia subindo. Cheguei no primeiro andar, tirei algumas fotos ao redor da cidade. Existem displays ao redor do primeiro andar mostrando onde estao os principais pontos da cidade, como o Hotel des Invalides, o Centro Pompidou, a sede da Unesco, etc.
Depois da visita da Torre Eiffel, segui em direcao ao Hotel dos Invalides, passando pelo Campo de Marte. O Campo de Marte foi palco do primeiro voo do 14-Bis (Santos Dumont ainda deu uma volta ao redor da torre antes de pousar). O Hotel dos Invalidos eh agora um museu (pago), mas eh possivel tirar algumas boas fotos dos seus jardins. Ao lado do Hotel, esta o Museu das Armas, onde repousa os restos mortais do Napoleao Bonaparte. De novo, pago. Como tinha ido no Museu Imperial da Guerra em Londres, decidi que nao ia pagar 8 Euros pra ver o caixao do Bonaparte. Passei ainda pelo Museu Rodin, onde existe a famosa escultura de O Pensador e pelo Museu d'Orsay. Todos fechados as segundas-feiras.Fui entao a igreja de Santa Sulpice. O lugar estava feio, cheio de andaimes para a restauracao da fachada. De qualquer forma, resolvi entrar e dar uma olhada. Para o meu espanto, vi uma imagem impressionante, conforme voces podem ver na foto: o Santo Sudario. Achei que era um grande achado um artefato historico tao valioso numa igreja tao detonada. Depois eu li as letrinhas miudas e vi que era uma reproducao da original, que provavelmente deve estar no Vaticano.

O proximo ponto era o Centro Pompidou, construido por incentivo de um ex-primeiro ministro para promover as artes e a cultura. Ele possui uma arquitetura bem arrojada e apresenta exposicoes de arte moderna, cinema, livrarias, brinquedoteca, etc. Passei rapidamente por uma exposicao de moveis modernosos e fui embora.

O tempo estava escurecendo e eu tinha ainda algumas coisas no meu roteiro para visitar. A caminho de casa, visitei o Forum das Halles, que aparentemente nao passa de um shopping cheio de arvores em volta. Passei ainda pelos jardins do Palais Royal, perto do Louvre, e do Palais Garnier, uma das casas de opera de Paris.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Place de la Republique, Bastille, Place des Vosges, Notre Dame, Pantheon...


No domingo, tomei outro rumo. Segui em direcao ao leste para visitar algumas pracas. A primeira delas foi a Place de la Republique. Apesar do nome pomposo, achei a praca feia, abandonada. Havia ate alguns mendigos acampampando na praça. A proxima praça me agradou mais: a Bastille, com seu outro refletindo o sol, rendeu um momento agradavel.

O sol tinha resolvido dar as caras e as pessoas foram aparecendo nas ruas no comeco da tarde. Fui entao ate um dos cartoes postais de Paris: a place des Vosges. Eh uma praça fechada, e soh se acha com um mapa.

Lugar perfeito pra relaxar no gramado, tomando um solzinho.
Depois de Vosges, segui a margem do Sena em direcao a Catedral de Notre Dame e aproveitei para conhecer algumas pontes famosas, como a Pont Neuf.

Mais uma vez, as dimensoes de Paris me surpreenderam: a catedral eh muiiito alta. Em estilo gotico (se nao me engano), eh uma visao de ficar de boca aberta. Tirei algumas fotos do lado de fora e entrei. Mais impressionnte eh o seu interior, com vitrais mais velhos que o Brasil (sem exagero, a construçao eh da Idade Media).
Havia ainda a cripta da igreja, mas ai eu teria que desembolsar alguns Euros.
Depois de Notre Dame, passei pela Sorbonne em direçao ao Pantheon.


O Pantheon tem estilo neo-classico, para imitar a estetica greco-romana.
O dia estava acabando mas eu nao queria ir embora. Agora foi a vez dos Jardins de Luxembourg, um parque enorme em que eh possivel passar momentos agradaveis, principalmente num dia ensolarado.


Lah eu vi casais de namorados, velhinhos passeando e familias inteiras brncando nos brinquedos.
Como jah estava muito longe, fui ate o Montparnasse, um predio famoso por ser o mais alto de Paris e ser a unuca construcao a altura da Torre Eiffel. Lah tambem eh possivel subir para observar a cidade, mas tem que desembolsar 8 Euros. Eu podia esperar por Eiffel. Na volta, aindfa visitei o Quartier Latin, uma regiao perto da Sorbonne cheia de bares e lojas de produtos vintage. Achei ate dois cinemas que exibiam filmes franceses da decada de 60.

Je t'aime, Paris!

Bonjour!
A proxima etapa da viagem eh a tao aguardada Paris. Como comentei no post anterior, tinha que resolver o problema dos meus recursos, senao nao haveria meios materiais de continuar a viagem. Como cheguei em Paris uma sexta-feira de noite, nao havia possibilidade de ir ao banco para sacar mais dinheiro. Sobrava entao o que eu tinha no VTM ate na segunda. Para encutar a historia, acabei achando uma agencia do Banco do Brasil proximo ao Arco do Triunfo e tudo voltou ao normal.

Na manha de sabado jah queria aproveitar ao maximo. Tomei cafe logo cedo (por sinal, o melhor cafe que eu ja tomei em todos os lugares dessa viagem, tirando o de Cardiff que era um almoço) e fui pra rua. Peguei um mapa procurand ja visitar os pontos turisticos mais proximos do hostel, que ficava uma rua abaixo do Sacre-Coeur. Segui o Boulevard de Clichy e passei em frente ao Moulin Rouge.
Pela foto, fica claro que esse lugar so tem graça de noite, quando a iluminaçao esta ligada. Depois eu acabei passando lah a noite para comprovar.

Eu nao sabia, mas essa regiao eh tambem considerada o distrito da luz vermelha da cidade. Eu nao vi nenhuma prostituta, mas havia muitas casas de strip e sex shops. No minimo antitetico, para nao dizer curioso, ter na mesma vizinhança uma avenida cheia de cabares a poucas quadras de uma basilica chamada Sagrado Coraçao...
Depois do Moulin Rouge, segui em direçao ao Arco do Triunfo. Foi uma boa caminhada ate lah; mas valeu a pena. Eh sem duvida um marco magnifico, maior do que eu esperava. Ele eh tao grande que nao deu para tirar foto do monumento inteiro de perto, e atravessar a avenida para chegar nele eh impossivel: existe uma passagem subterranea para alcançar o arco.


Ainda no Brasil eu tinha planejado subir o Champs-Elyseé ate chegar ao arco. Mas como eu ja estava nele, o jeito foi descer a avenida. Muitas lojas de grfes famosas, como a Luis Vitton, Mercedes, Mont Blanc, etc.
Um pouco antes do fim da avenida, existem duas grandes construcoes, uma de frente para outra, o Grand Palais e o Petit Palais. Os dois sao usados como museus. O Gand Palais exigia ticket para entrar. Consegui entrar no Petit, mas a minha visita ficava restrita a algumas salas no subsolo, sem obras de grande expressao.
Segui a avenida dos dois palacios ate dar de cara com a famosa Ponte Alexandre III.

Embora o nome nao a associe, essa ponte liga as duas margens do Sena, ela eh cenario de varios filmes e comerciais. No fim dela, voces veem a Assembleia Nacional. Fiquei tentado a seguir do outro lado, mas tinha que terminar a Champs-Elyseé. Ao fim dela, voce encontra a Place de la Concorde, mais a frente os Jardins de Tuileries e, mais ainda a frente, o Louvre. Passeei pelo Tuileries e virei a esquerda.
Queria visita a Bliblioteca Nacional antes. Acabei me perdendo e o tempo esfriou. Passei pela Place Vendome ate que resolvi visitar o tal Louvre. Meus caros, qualquer descriçao noa faz jus ao lugar. Como o Arco do Triunfo, eh maior do que eu imaginei. Fiquei namorando as piramides de vidro e depois entrei na fila para entrar. Na verdade, a entrada eh no subsolo, num grande hall que fica debaixo da piramide maior. Como ja havia visitado muitos museus no Reino Unido, estva interessado em poucas coisas.

Fiz um esforço e procurei ver de tudo, mas chega uma hora que as pernas doem. Sao 35.000 obras de arte distribuidas em tres grandes alas, cada ala com quatro andares. Decidi que teria que priorizar as obras mais interessantes antes de fechar. Visitei a Venus de Milo, algumas exposiçoes de pinturas italianas da Renascença, e por fim a mais aguardada: La Gioconda ou Monalisa, para os intimos. Quem assistiu o Codigo da Vinci nao precisa se animar; a obra tem uma parede so para ela, no meio do salao, protegida por duas placas de vidro e varios seguranças ao lado. Voce fica a cerca de 5 metros de distancia ainda. O que eu achei curioso eh que nao havia restriçao nem quanto ao uso de flash. Sera que aquela era a pintura original?


Depois de um dia tao cheio, o jeito foi ir pro hostel pra descansar.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ultimo dia para provar o Haggis

Edimburgo, embora tenha os seus encantos, se mostrou fraca em termos de lugares pra se visitar. A cidade eh bem menos do que eu esperava, e ja tinha visitado os locais que interessavam. Restou dormir, ler e assistir filme para passar o dia. A noite, percebi que estava em falta com uma das minhas metas: experimentar um prato tipico de cada local. Em Istambul, comi um kebap e baklava; em Londres, deixei de experimentar o fish and chips. Teria que honrar um bom prato em Edimburgo. Pedi referencias de um lugar BB (bom e barato) na recepcao.
Os atendentes desses hostels costumam dar otimas dicas de lugares para comer. Fui no The Castle Arms, proximo ao hostel. A senha era pedir o menu de viajante (traveller's menu). Pedi uma refeicao completa, com entrada, prato principal e sobremesa, todas tipicas. Comecei por uma sopa de cenouras como entrada. Depois, veio o haggis. Ele veio diferente do que eu esperava/ uma torre com pure de batata, abobora e o haggis por baixo. Para quem nao sabe, o haggis eh um prato tipico feito com, entre outras coisas, com os rins, pulmao, coracao do carneiro. A descricao eh de arrepiar, mas ate que o gosto surpreendeu. Parece carne moida, so que com uma textura diferente. Ele vem moido, portanto, nao tem os aspecto de uma buchada de bode. Para sobremesa, o Cranachan: uma taca com framboesas frescas e uma massa com chantilly e aveia moida cobirndo.
Depois dessa empreitada gastronomica, fui descansar no hostel. Mais tarde resolvi ir em outro pub crawl, esse de graca, promovido pelo proprio hostel. Mais uma noite, mais biritas, mais garotas : ) Dessa vez, conheci duas americanas da California, duas francesas e mais tres outras alemas. Eh nesse tipo de situacao que um brasileiro se destaca: eu, que sou normalmente calado, tava dando um banho nos australianos e no frances que estavam no grupo.
Bom, no dia seguinte, depois que fiz o check out do hostel e fui ao aeroport, aconteceu uma coisa chata. Decobri que havia sido roubado no quarto, provavelmente no ultimo dia em Edimburgo. Havia sumido a maior parte dos euros em dinheiro, algumas moedas de uma libra e um cartao de credito. A viagem ate Paris tinha perdido a graca. Teria que esperar para pousar na Franca para poder sacar mais dinheiro e cancelar o cartao. Mas jah para acalma-los, no fim deu tudo certo (afinal eu ainda nao precisei ligar pra ninguem dai nem pra embaixada).

Pequena decepcao em Inverness

Olas!
O que venho a vos relatar agora o que aconteceu em Inverness. Como tinha ficado ate tarde na noitada, acabei acordando em cima da hora de ir para a estacao de onibus. Nao tive nem tempo de tomar cafe: vesti a roupa, acabei de arrumar minhas malas e correr para a rodoviaria. So far, so good. Peguei o onibus e fui roendo uns cookies que tinham sobrado ainda de Londres. Como Inverness eh mais ao norte, a paisagem da estrada nao podia ser outra: neve, neve, e quando sobrava espaco, gelo. Mas isso garantiu belissimas fotos. Por causa do mal tempo, ficamos um temp parados na estrada. Chegamos na cidade quase meia hora atrasados. Busquei informacao sobre onde era o albergue, fiz check in, almocei e fui procurar tranporte para o Lago Ness. A minha intenao era visitar o lago, so o tempo de dar oi para o Nessie e rumar para a Isle of Skye. Contudo, descobri que teria que escolher um dos dois passeios, por nao haveria tempo para os dois. Escolhi o Lago Ness. Como eh inverno e a cidade eh muito fria, nao havia tambem muitas opcoes de transporte para lah. Comprei um passagem de onibus para o lago que so sairia as 14:45. Tinha quase uma hora ainda para esperar. Aproveitei para conhecer a cidade. Fui ao Castelo de Inverness, um fiasco: apesar de sua fachada imponente, o local eh utilizado para sede de orgaos administrativos, como delegacia de policia. Voltei para a rodoviaria buscar mais informacoes sobre o lago. O mais curioso sobre o ingles no Reino Unido eh que, quanto mais para o norte, mais dificil de entender o sotaque. Em Londres, embora eu tivesse que lidar com o sotaque da rainha e de seus suditos indianos, em Edimburgo eu me senti perdido. Em Inverness, eu tinha vergonha de perguntar qualquer coisa. Varias vezes tive que pedir para a pessoa repetir a mesma coisa.
O onibus levou cerca de meia hora para chegar ao seu destino: um vilarejo chamado Drumnadrochit. Tinha ainda uma caminhada de duas milhas (nao dois quilometros) ate a borda do lago, num ponto em que existem as ruinas de um castelo, o Urquart. Caminhando pela estrada, no meio do gelo me fez sentir como o Alexander Supertramp do filme Na Natureza Selvagem (this is for you, Camila!). Os meus pes afundavam na neve, dai eu tinha que trocar de lado da pista onde a neve estava mais compacta. Vi pastos inteiros cobertos por uma camada branca, eh soh havia o ceu, algumas arvores e alguns carros de vez em quando.


Quando finalmente cheguei ao tal castelo, 50 minutos depois, a pancada: a visita fechava as 4:30, mas com ultima entrada as 3:45. Eram quatro em ponto. Tentei argumentar com a senhora que vigiava a entrada, que tinha vindo de muito longe para visitar as ruinas, que partiria logo de manha e que nao teria outra oportunidade, mas parece que o jeitinho brasileiro nao colou. Tive que me contentar em tirar fotos do lugar do alto do estacionamento, a 400 metros de distancia. O lago Ness esta ao fundo.
Depois, ainda tive que esperar pelo onibus de retorno, que so passaria por lah as 5 horas; estava escurecendo, esfriando e nao tinha uma vivalma pra conversar pra matar o tempo. De volta a inverness, so queria tomar banho e comer. Chegando ao albergue, constatei a minha tese de que no inverno as coisas ficam paradas: contando comigo, havia apenas cinco hospedes em todo o hostel. Descobri o improvavel: o porteiro da noite era brasileiro, de Joinville. joguei cartas com ele e mais duas neo-zelandezas ate dar sono. Eu, sozinho no quarto, fui ler ate dormir. No dia seguinte tinha que voltar a Edimburgo.

National Museum of Scotland, Pub Crawl

No dia seguinte, continuei as minhas andanças por Edimburgo. Nao fiz nada de muito interessante, a nao ser vagar pelas ruas da cidade. De tarde, procurei um agencia dos correios para enviar cartoes postais. Na volta, encontrei um simpatico amigo: Greyfriars Bobby. Reza a lenda que um homem chamado John Gray morreu e ninguem pareceu dar muita importancia muito depoid de sua morte, a nao ser o seu cachorro, que permaneceu fiel ao seu dono 14 anos depois de sua morte.

Bobby permaneceu vigiando a tumba de seu falecido dono, apenas deixando o lugar para comer ate o seu proprio falecimento, em 1872.
Depois foi a vez do Museu Nacional da Escocia. Logo na entrada, vemos um carro de formula 1 usado por Jackie Stewart.


Havia outras coisas interessantes no museu, mas devo confessar uma coisa: depois de visitar tantos em um unica viagem, todos meio que comecam a parecer iguais.
A noite, embalado no espirito da noite anterior, cumpri o combinado com os brasileiros e com os mexicanos do Ghost Tour. O pub crawl eh parecido com o de Londres: 5 bares, drinks incluidos, novas amizades. Alem dos hermanos da noite anterior, conheci duas argentinas e duas alemas de Colonia. A noite foi otima, tirando o nightclub que tocava umas musicas estranhas e estava muito cheio. Mas a conversa com as alemas foi boa, entao, eu nao podia reclamar muito : )


Fui direto pra casa depois da noitada, ja que tinha que ir a Inverness no dia seguinte.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Castelo de Edinbraah, Ghosh Tursh

Hi mates!

Ja vou comecar explicando o titulo deste post. Aqui na Escocia, apesar de a lingua oficial ser o ingles, o sotaque daqui eh muito caracteristico. Logo na saida do onibus, o motorista chamou os passageiros que vao para Edimburgo, e a pronuncia foi como esta no titulo do post.

A viagem foi tranquila, embora os onibus sejam desconfortaveis. Sem duvida nenhuma, eles sao mais luxuosos, com bancos novos, cintos de tres pontas, banheiro com papel higienico e secador de mao, mas o banco nao reclina o suficiente para que a pessoa possa se deitar. E como eh um servico baratinho (a viagem agendada me custou 14 libras), tentei me virar da melhor maneira que pude. O onibus vai com muitos assentos vagos e deu para improvisar uma cama.

Se em Londres o sol custava a aparecer e ja as 4 ele estava batendo o cartao, aqui mais ao norte eh pior ainda. Chegamos na estacao por volta de 7:30 da manha e parecia que era noite. Depois de me perder um tempo, fiz o check-in no hostel. Estava tao cansado da peregrinacao do dia anterior que preferi descansar um pouco antes de bordejar. Tomei cafe e fui para a sala de recreacao tirar um cochilo (como eu cheguei muito cedo, so poderia ocupar o quarto depois de meio-dia). Depois do cochilo, deixei minhas malas no albergue e ja fui matar o ponto turistico mais importante da cidade: o Castelo de Edimburgo.


Sem duvida nenhuma, eh ate agora, um dos pontos altos da minha viagem. O Castelo, alem de enorme, fica no alto de uma colina que aumenta ainda mais a sua imponencia. Fui caminhando ate la (15 minutos) e comprei o ticket (8 libras, se me recordo). O Castelo possui uma vista fantastica do alto, e eh possivel visualizar toda a cidade, inclusive a costa, de suas muralhas. Alias, o castelo foi estrategicamente construido para esse fim. Existem uma infinidade de coisas para se ver no castelo, desde as demonstracoes interativas sobre a historia das batalhas ate a exposicao das joias da realeza. Existem ainda varias exposicoes sobre cavalaria, soldados, etc. Valeu muito a pena.

A visita demorou tanto que ja eram 3 da tarde quando sai de la. Queria almocar e talvez ver alguma outra atracao para o resto do dia. Conversando com uma senhora que trabalha numa loja de tartans (aquelas pecas de roupa escocesas xadrezadas), ela me indicou um programa chamado Ghosh Tursh (ou, num ingles mais compreensivel, Ghost Tour). Visitei ainda algumas lojas de souvenir e roupas tipicas (nao, nao vou vestir nenhum kilt para voces) e rodei pelo centro. Depois de mais algumas pracas e mais fotos, voltei para o hotel para descansar.


A noite, resolvi ir no tal Ghosh Tursh. Ele eh organizado pela mesma empresa de eventos do Pub Crawl de Londres (saudades daquela noite...). Como de costume, encontrei com alguns brasileiros. Um casal do Rio Grande do Sul e um casal da Bahia, que estavam estudando ingles em Dublin. Havia ainda mais uma dupla de mexicanos muito zoadores. Para o tour, poderiamos escolher entre o guia escoces ou a guia espanhola, como eu provavelmente nao entenderia o guia escoces e os brasileiros queriam em espanhol, resolvi arriscar. O tour fantasma consistiu basicamente em passar por pontos com historias macabras de Edimburgo. Passeamos por uma ponte amaldicoada, um cemiterio, entramos em um mausoleu, subimos uma colina usada para queimar bruxas no seculo XVII, visitamos o lugar usado como mercado negro de cadaveres, enfim, coisas bem lights que podem inspirar a Disney em uma futura atracao. Os dois mexicanos sao duas figuracas de ficaram zoando a guia o tour todo. A cada vez que ela contava uma historia absurda, um dos dois ficava interrompendo perguntando se era serio. Nao deu outra, ate era caiu na gargalhada. Depois do tour, tinhamos direito a uma pint (um copo de cerveja de aproximadamente meio litro). A conversa no pub segui animada e resolvemos esticar a noite. Caimos em um nightclub proximo a Catedral de St. Giles na faixa (o que eh muito bom). Uma noitada espetacular, muita danca, muita mulher bonita e zoacao. Fechamos a boate (sim, tiveram que expulsar a gente de la) e continuamos a zoar na rua. Ate que encontramos um casal de mais idade na rua, mas chapados que a gente.


Dancamos e cantamos na rua ate altas horas. No fim, combinamos todos de ir no Pub Crawl no dia seguinte.

Abbey Road, Buckingham, Globe, Tower Bridge

Morning!

Esse foi o meu ultimo dia em Londres, entao eu teria que fazer valer o que eu nao consegui ver nos outros dias. Como eu tinha que fazer o check-out as 10, tive que carregar a minha mala o dia todo. A solucao foi comprar um ticket do metro chamado 1-day traveller ticket. Com ele, voce pode passear o dia todo por Londres sem pagar mais nada.


Comecei logo de manha pela Abbey Road. Pra quem nao conhece, a Abbey Road ficou famosa por estar na cada de um dos albuns dos Beatles, o Abbey Road. E pra variar, achei um casal de brasileiros que estava, juntamente com mais umas 15 pessoas, tentando tirar foto atravessando a rua, como na capa do disco. Claro, que eu me inclui na brincadeira. O problema e que, ao contrario do que parece, eh uma das principais ruas da regiao, o que significa carros passando o tempo todo. Embora os motoristas fiquem fazendo cara feia, eles respeitam os turistas.

O proximo ponto era a famosa loja Harrods. Nao que eu fosse comprar nada la, mas a loja eh mais famosa loja de departamentos de Londres. Fui mais para contar como ponto turistico do que pelo valor cultural em si.

Na noite anterior eu havia passado pelo Palacio de Buckingham voltando da estacao de onibus da rapida visita a Cardiff. Decidi entao que seria interessante tirar algumas fotos de dia, para mostrar o local com mais detalhes, embora ja estivesse escurecendo.

A mochila estava pesada e ja estava escuro. Portanto, eu tinha que priorizar a ultima parte da visita. Ja era mais de 4 da tarde e eu nao tinha almocado ainda! Assim sendo, peguei a linha Northern em direcao ao Shakespear`s Globe e a Tower Bridge.

Para a minha decepcao, o Globe estava fechado e eu teria que esperar por cerca de uma hora para que, depois de pagar mais 8 libras, pudesse pegar o passeio guiado. Fica pra proxima.

A Tower Bridge parece tao bonita de dia quanto de noite. Eh uma construcao assombrosa de grande, e o movimento de carros eh intenso. Interessante aki eh que os grandes monumentos fazem parte da rotina dos londrinos. A ponte continua ate hoje a ser usada para pedestres, carros, e onibus.


Depois dessa maratona, corri para a estacao de trem e esperar pelo onibus para Edimburgo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Cardiff

Para o dia 9, eu ja havia reservado uma passagem para visitor Cardiff, no Pais de Gales. Acabei acordando um pouco atrasado e tive que pegar um dos famosos taxis londrinos. A viagem durou cerca de tres horas e foi muito tranquila – deu para recuperar parte do sono perdida na noite anterior.
Diferente de Londres, Cardiff nao tem muita coisa pra visitar. Basicamente existe um Castelo de Cardiff, o rio Taff, o centro comercial, e a regiao do porto. Como havia partido muito cedo de Londres, so pude tomar café em Cardiff. Aproveitei para tomar um tradicional café da manha com salsichas, ovos, torradas, e outras coisas.

 








O Castelo de Cardiff vale o preco da entrada: 8.95, incluindo o audio guide. Alias, quase todos os museus aqui tem um recurso em que eh possivel que o visitante possa escutar informaoes adicionais dos lugares sem a necessidade de um guia ao vivo. O Castelo consiste basicamente de uma fortaleza murada, com um pequeno castelo no alto de um morro com fosso, e uma construcao do lado que serve de hospedagem para os nobres e uma torre de relogio.




Depois do Castelo, passei um tempo no centro comercial e depois me dirigi ao sul da cidade. Andei por volta de 30 minutos e tirei algumas fotos do porto, muito bonito, diga-se de passagem.




De volta a Londres, voltei a pe para o albergue e aproveitei para lavar roupa e descansar, ja que seria minha ultima noite na cidade.